Já sabia que teria certas dificuladaes de adaptção na Holanda. Mas a verdade é que me surpreendi. Encarar o dutch way of life foi até mais fácil do que eu imaginava.
Sanduíche e sopa no almoço? Desde que não seja apenas um pão com queijo amassado dentro num saquinho, sem problemas. Bicicleta? Amo! Faço tudo com a minha. Já fui até a casamento de bicicleta. Faxina na casa? Não amo, mas pega-se o jeito das coisas. O estilo “faça você mesmo” quado se trata de reparos na casa? Já passei pelo módulo pintura e em breve o módulo dois me espera. Enfim, assimilei bem muitas das diferenças culturais e outras adaptei, sem muito estresse, com um certo jeitinho bailandês.
Adaptação na Holanda. Coisas impossíveis de se acostumar ou gostar
Agora, tem outras que realmente estão acima do meu limite de imigrante integrada e acho que vou ficar velhinha reclamando ou me recusando a fazer.
Vejam só a listinha:
- Tomar leite no almoço
- Gostar de drop
- Blocos de açúcar com anis para colocar no leite e tudo relacionado anis.
- Ficar horas com uma xícara de café na mão, até ficar gélido.
- A falta de guardanapos
- Karnemelk: um tipo de leite grosso e azedo também muito tomado no almoço.
- A infinita tolerância à dor holandesa (associada ao próximo item).
- A postura expectante dos médicos holandeses. Tudo na vida passa, inclusive a dor.
- Quando o “ser direto” ultrapassa os limites da boa educação.
- A falta de céu azul.
- O vento onipresente neste minúsculo país ( especialmente quando ele está no sentido contrário ao que pedalo)
- A falta de respeito às filas.
Bom, isso é o que consegui lembrar no momento. Quem sabe daqui a algum tempo essa lista vai estar curtinha e ainda vou dar muita risada desse post?
Detalhe: adaptei e atualizei esse texto em 2021 e a lista continua intacta.
36 comments
Concordo com vc em muitas dessas coisas, tipo o leite azedo e a falta do almoço. Em outras ainda(graças a Deus) não tive o desprazer pois ainda vivo com o meu Holandês no Brasil.
Mas o que eu gostaria de comentar hoje é a foto do dia. Gente, esses ovinhos são uma maravilha, tem um que adoro.Um com sabor de café, aí que vontade!!! (graças que estão longe de mim assim não vou aumentar nem um quilinho, pq vamos falar a verdade, os chocolates do Brasil não tem sabor, só açúcar.
Um grande abraço e Boa Páscoa.
realmente, tem coisas que nao aderimos… seria essa a nossa parte intrinseca da ‘brasilidade’? ou personalidade? ou os dois? 😉
ri de montão!Diferenças de cultura são interessantes, engraçadas as vezes! Eu reclamo de muitas coisas daqui, não acho nada facil morar aqui, sinto saudades de monte do Brasil. Mas a gente se surpreende como o ser humano (brasileiro então!) tem jogo de cintura e capacidade para se adaptar! Boa Páscoa e ótimo texto! Bjs!
Rapaz,, me identificquei com quase tudo. Drop, na verdade, eu… hã, bem, é difícil confessar, mas.. hm… bem… eu gosto *blush*
Quando vim pro BR de volta pela primeira vez depois de ir pra Holanda, trouxe um pacotinho de drop. Revolta geral. Todos na família: “por que você fez isso? o que fizemos pra merecer isso?” hehe. Tive de trazer de volta.
Karnemelk não ador nem desprezo, ignoro a maioria das vezes. A primeira vez que tomei, comprei achando que era leite. Tinha chegado na Holanda a poucos dias, tava me achando integrado na língua. Melk, só pode ser leite, karne deve ser, sei lá, a marca. Timei e achei que tinha comprado o leite estragado, hehe.
O vento realmente é algo! Quer dizer, eu sempre ouvi falar de moinho de vento na Holanda, mas vindo pra cá (ou aí – estou no BR agora 🙂 eu *relmente* entendi essa tecnologia ter se desenvolvido tanto, hehe. Moinho… de vento. Hmmmm… 🙂
O resto também me revolta. Furar fila então, af.. E como meu holandês ;e porco e ruim, nem me atrevo a reclamar, mas, arg. Lavei minha alma quano fui pra Londres e um mulher, também estrangeira, tentou furar a fila . Nana. Lá não funciona. Não fui o único a protestar, e ela foi direitinho lá pro final. Fila única, holandeses, não é tão difíci!
Outro lance que eu não me adapto é aos encontrões. Com licença em holandês não é “pardon”. “Com licença” em holandês é “pluft”. Só non encontrão. Você se acaba de dizer pardon, e picas. Nada. Mu. So no esbarrão. E vc está quieto, vem alguém do nada e pláft, passa “através”. Argh!
Bem, desculpe o comentário gigante! Me empolguei 🙂
Abraço e boa Páscoa!
Ótimo, ótimo post!
Boa páscoa amiga.
Beijos!
Tem coisa que nao desce mesmo, esse drop por exemplo acho que tem que ter gens holandeses para gostar,rs.
Bjos
Amo também esses ovinhos Kerla! Que bom que vc curtiu a Imagem do dia.
Post gostoso de ler, como sempre…
Com certeza alguns costumes não são tão dificeis de nos adaptarmos, apesar de serem estranhos no começo. Eu, por exemplo, ADORO hering fresco.
Muitas pessoas viram a cara para o dito cujo, enqto que eu estou lá , babando por um deste peixinho com pepininho e cebolinha picada.
Mas do que eu não me acostumo é da ausência de um tanquinho( para lavar uma ou outra cosinha à mào…) e de uma área de serviço.Sinto faaaaaaalta, Clarissa.
Um beijinho e boa páscoa!!
Pois é, Adriana. Realmente tem a questão cultural, coisas que não vamosnos adaptar mesmo. Por exemplo, nem aqui, nem no Brasil, vou gostar de drop ou karnemelk. E acredito que a personalidade influencie também. Existem pessoas mais flexíveis e abertas que outras.
Dani, adorei a sua empolgação. Mas realmente é muita maldade com os seus parentes brasileiros. Levar logo drop! 😉
A história do Karnemelk valeria um post. Hilária!
Olha, muito bem lembrado o encontrão. Isso me deixa louca!
Abraço e obrigada pelo comentário gigante 🙂
Com certeza Marina. O brasileiro tem um jogo de cintura inacreditável. Também acredito que quando você tem um parceiro nativo, as coisas são mais fáceis. Você entende mais a cultura local.
Obrigada pela visita e volte sempre!
Oi Si, acho que o drop é “quase” uma unanimidade … Não dá!
sabe Sheila, que gosto também do haring? Não o como guela abaixo, mas o sabor é muito bom!
Agora, sentir falta de tanque, não sinto não… brincadeirinha.. sei o que você quis dizer. E sim, a área de serviço faz muita falta!
Pois é, sabia que eu gosto do Karnemelk, eu associo à coalhada, com açucar é claro, senão nao tem jeito, rs. Bjs Feliz Páscoa
Fiquei curiosa: qual seira o módulo 2? (rs!)
Tb odeio anis amiga. E amo leite, mas no almoço, eca!!
Mana, tb haja adaptação para tomar leite azedo no almoço… Eca!!!
Bjs!
Pois é Cléo, também não gosto de coalhada… acho nnao vai ter jeito pro Karnemelk 🙂
Obrigada pela visita.
Karencita, mamãe coruja.. realmente leite no almoço não dá, né? beijo, saudade
ótima lista! concordo com tudo, e sobre o vento, tenho um comentário: deve ser por isso que as holandesas mais velhas mantem o corte joaozinho, pra poderem pedalar sem a cabeleira vindo na cara…
já fiz o novo blog!! por enquanto estou na holanda, mas no final da semana que vem estou em singapura!! bjs
Pois eu amo drop, minha filha ama drop e uma das minhas irmas tambem (principalmente quando vem misturado com canela ou anis :)). Ah, um detalhe: Drop faz o intestino funcionar perfeitamente e como eu sofria deste mal no Brasil, aqui nem me arrisco a ficar sem drop.
beijocas
Ju
Pois eu amo drop, minha filha ama drop e uma das minhas irmas tambem (principalmente quando vem misturado com canela ou anis :)). Ah, um detalhe: Drop faz o intestino funcionar perfeitamente e como eu sofria deste mal no Brasil, aqui nem me arrisco a ficar sem drop.
beijocas
Ju
Aaaah…eu tbem adoro drops. Uma vez qdo viajava de amsterdam pra SP fui comendo drops, aí uma moça perguntou o que eram aqueles besouros pretos que eu estava comendo. Ofereci um a ela e ela aceitou e o cuspiu na mesma hora…hehehe…detestou. Não como mais os drops só pq não faço mais uso de açucar e os sem açucar me dão dor de barriga e diarréia, devo ser alérgica ao adoçante que usam para fabricá-lo.
Saudade de vc, amiga!
bj
Isso tudo pra mim tb
e mais ter que pagar pelas minhas necessidades fisiológicas inclusive qdo
vou ao Mc Donald’s ¬¬
Pois é Polly, o esquema do banheiro pago não é moleza.
Furar fila é algo que acontece diariamente em qualquer cidade do Brasil. Não me lembro de ter entrado em uma fila que não tenha sido “furada”.
Oi Alessandro, até concordo que se faz no Brasil, mas a atitude aqui é diferente. No Brasil, sinto que existe um certo sentimento de é uma coisa errada. Aqui não. A fila é furada de forma escancarada, como se fosse algo normal. É um atitude diferente.
Hohoho Leite azedo no almoço ou aniz no açúcar. KKKK (só rindo) mas são perfeitamente recusáveis…kkk
Mas BAH…sopa no almoço é coisa tradicional e sempre servida em muitos restaurantes Italianos ou Portugueses aqui no sul, Tchê ! hehehehe
Principalmente Sopas de Capeletti, com pouca água, ou as tradicionais “canjas”. Sem falar no Mocotó… ou a brasileiríssima Feijoada.
Agora pedalar contra o vendo, ninguém merece. Nota-se que São Pedro nunca foi ciclista. kkkk 3:)
Oscar
Odeio quando sinto algum tipo de dor e eles só querem me dar o “milagroso” PARACETAMOL.
Esse ee o elixir miraculoso. Dá uma olhadinha nesse texto, Renee https://www.bailandesa.nl/blog/3773/dor-holanda-e-paracetamol-2/
Obrigada pela visita e comentário.
EU bebo todos os dias karne melk,ummmm lekker!!!!!!me ajuda ir frequentemente no banheiro hahaha,O drop eu faço a linha,mas o haring aquele peixe fedido nao deceu ate hojeo ordor me na ansia.
ik vind het leuk om te fietsen,o idioma estou cursando is moeilijk
Bem isso mesmo , concordo também sobre o paracetamol pra tudo ,dor no olho, dor de barriga, perna quebrada, queda de cabelo , pós operatório , espinhela caida ,dor de dente ,traumatisco craniano, enfim PARACETAMOL rss
É por a’i mesmo, Sarali! Mas hoje não vivo sem meu paracetamolzinho 🙂
Obrigada pela visita e comentário. Volte sempre!
Essa coisa de falar de nada antes do obrigada t m eh difícil. ..
Sente falta de comer comida de verdade na hora do almço? Uma dica muito simples e saborosa: Vá para o fogão e o prepare. 😉
Tbm não gosto desse drops preto Uhhhhh não sei como eles comem aquilo. Esse leite azedo aí ainda não tive o desprazer em 4 anos até pq não tomo leite. Outra coisa que não me acostumo é a pontualidade, 5 minutos de atraso e eles falam na sua cara que vc está atrasado. Médicos tbm acho péssimo sorry. Apenas paracetamol pra tudo. Marcar hora pra tudo.. e as pessoas são um tanto individuais. Difícil
A falta de respeito às filas e a indiferença dos médicos quanto a dor dos pacientes, acho que deve ser um comportamento mundial, não só “Dutch”.
Principalmente quanto à dor alheia, acho que, para se dedicar à qualquer ramo da medicina. Penso até que é primordial à aquelas pessoas: Ser meio inclinadas à serem naturalmente sádicas desde o bercinho maternal… (Tá prá nascer um dentista ou médico, neste planeta, que tenha compaixão ou respeite à dor dos outros ou que faça por sua vontade própria, alguma coisa para evitá-la. Mesmo tendo todos os conhecimentos para fazer isso)…