Bailandesa

Coronavírus na Holanda e no mundo. A solidariedade como proteção

Voo entre Brasile Holanda KLM

Eu voei pela KLM em abril num avião quase vazio (c) Bailandesa

Do Brasil, acompanho com preocupação o avanço do coronavírus na Holanda e no mundo. Vejo cenas de ruas desertas, prateleiras vazias, bolsas de valores em queda, preços de máscaras nas alturas e me sinto num filme de apocalipse. Também leio histórias de racismo, e vejo memes discriminando pessoas por sua nacionalidade. Diante disso tudo, o que mais me preocupa é que essa é justamente uma situação em que dependemos muito da consciência da população em relação ao próximo.

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Disciplina e Solidariedade

Sim, dependemos dos líderes para tomarem medidas, mas essas medidas não surtem efeito sem a disciplina, responsabilidade e solidariedade da população. O Coronavírus  é letal para os mais frágeis, como os idosos e doentes. Então, mesmo que estejamos num grupo com menos risco de vida, podemos levar essa ameaça para outros – inclusive os que amamos, como nosso avós e pais, por exemplo.

Os idosos são o grupo de maior risco foto (c) phillipe leone

Fronteiras fechadas e olhos abertos

Enquanto países fecham fronteiras para determinadas nacionalidades –  o que é umamedida necessária e urgente para conter o avanço do vírus -, devemos abrir os olhos para que isso não se torne um trampolim para a discriminação e  intolerância, nem tampouco um palanque para extremistas. 

Impacto na organização da sociedade

O Coronavírus pode despertar pânico, preconceito e histeria, mas também é uma oportunidade de rediscutirmos nossa forma de trabalho e organização da sociedade. E se trabalhássemos mais em casa, ao invés de passarmos horas no engarrafamento encharcando o coração com estresse e a atmosfera com gás carbônico?

No entanto, mas que tudo, esse é o vírus que pode despertar a solidariedade. Porque para nos protegermos e protegermos a quem amamos, temos que proteger o outro, e pensar no coletivo. 

Povo Inteiro

Nós vamos sair dessa situação inimaginável. Talvez mais fortes e mais unidos, mas por enquanto o que precisamos é lavar bem as mãos, deixarmos a individualidade de lado e fazermos sacrifícios para proteger o todo e a todos. Até porque a palavra Pandemia vem de “povo inteiro” em grego e só sairemos bem dessa situação, se nos unirmos como uma raça, a humana.

 

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