Bailandesa

A epopéia de um nome

Antes mesmo de chegar por aqui, sabia que enfrentaria dificuldades, mas jamais passou pela minha cabeça que travaria uma batalha com um simples cartão de banco. Nunca em minha vida imaginei que a reprodução do meu nome em um cartão de plástico equivaleria em esforço aos doze trabalhos de Hércules. Mas, como já dizia Shakespeare, existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia, e lá vou eu para a quinta tentativa.
Digamos que o meu nome fosse Bailandesa Pereira Machado de Assis. Na primeira tentativa, fiz como nos cartões de crédito e no seguro saúde: “B. Assis”. Quando fui pegar, o mocinho que tem uma visão mais ampla que um binóculo invertido, disse que não batia e que não me entregaria o cartão – apesar de mostrar todos os outros cartões. Aí, ligo para o call center e a atendente, com uma gentileza plastificada, disse que eu poderia voltar lá que estava tudo certo. Volto para pegar o meu cartão e o mesmo funcionário-padrão me esperava. Exigi que ele ligasse para o call center que, para minha surpresa, disse que ele tinha razão. Ligamos novamente e mais uma vez confirmaram que eu precisava de todos os sobrenomes.
Pensei: “Pois sim, agora quero letra por letra no meu cartão”. Prencho o formulário, envio e quando recebo o cartão falta o “de”. Liguei e disse que não queria. Que queria todos os sobrenomes, assim como me foi exigido. Lá vamos nós para o terceiro cartão, que para a minha surpresa estava corretíssimo. Só que como havia ligado para cobrar um prazo e havia explicado toda a história, a gentil atendente emitiu um novo cartão, só que dessa vez faltando uma letra no último nome.
Assim, a minha situação atual é: tenho dois cartões, um com o nome correto e válido até Abril e outro com o nome errado com validade até 2009. E espero agora o meu quinto cartão com nome e validade corretos.
Torçam por mim!
Ah, hoje, como em toda segunda, tem novidade no Tabuleiro.
imagem: redbook.ivillage.com
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