Bailandesa

Supermercado na Holanda. Mémorias de uma ex-turista

Olho pra moeda em minha mão, vejo as letras AH impressas em um logo azul e branco, a coloco na tranca no carrinho e sigo para a entrada do supermercado. Já estou com a minha sacola de compras a postos, cheias de garrafas plásticas de refrigerantes vazias. As de vidro, junto com outros potes, foram jogadas no devido conteiner, no meu caminho de casa até o supermercado. As ações que descrevo, faço de maneira natural, quase automática. Mas nem sempre foi assim….3ea8d219-76ce-41bc-96c0-150f8be2946c
Ao olhar para moeda, lembrei do primeiro dia em que entrei no supermercado aqui na Holanda. Estranhei o tamanho; proporcional a o tamanho do país, talvez.  As gôndolas devidamente arrumadas, lindos tomates e ah, sim, as embalagens. Me apaixonei por elas. Amei as suas instruções indecifráveis, a aparência superatraente e ao primeiro olhar, pareciam bastante práticas.
Recordo a surpresa ao ver que as sacolas plástcas eram vendidas e que quase todos tinham as suas sacolas de compras. Alguns não se importavam de carregar as compras na mão, outros pegavam caixas vazias para acomodar os artigos e outros usavam os saquinhos plástico finíssimos; esses sim, gratuitos.
Os carrinhos enfileirados na porta da loja, só eram liberados mediante a inserção de uma moeda de o,50 centavos de euro ou uma moedinha especial com o logo do supermercado. Ah, outra surpresa, não tinha niguém pra recolher carrinhos e a quantidade de mão-de-obra me parecia no limite.
Por último,  a surpresa maior: as garrafas Pet tinham endereço certo. Uma máquina as recolhia para reciclagem e emitia um recibo que daria desconto no caixa. O chamado statiegeld.

Bom, talvez depois de ler esse post, você não tenha mais tantas surpresas ao entrar num supermercado holandês. Enquanto eu, ao escrevê-lo, tento a duras penas manter os meus olhos de turista.

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