O filme merece todo os prêmios conquistados. É inteligente e pode ser saboreado em camadas. Isso quer dizer que você pode apreciar de uma forma leve, como uma comédia – de humor negro, é bem verdade – ou pode se aprofundar e chafurdar em toda a simbologia presente nos diálogos afiados e também em coisas não tão óbvias assim. Selton Mello dá show, mas algumas atuações dos papéis secundários também são imperdíveis. Vale a pena e me deu até vontade de ler o livro de Lourenço Mutarelli, que no filme, empresta o seu nome ao personagem principal.
Ainda em clima de Brasil, lá fomos nós levantar o poeirão no BadCuyp, ao som do grupo Pinga. Gente, aquilo é que se chama integração. Uma banda composta por holandeses e brasileiros, cantando samba, forró e tudo o mais que faça o povo balançar. Sem contar que na pista, casais de todas as raças, cores rodopiavam com os passos perfeitos de dança de salão. Eu explico: não foi uma reunião de bailarinos profissionais, não. Acontece a partir das 21:30h acontece um workshop de dança de salão. Depois, a banda começa a se apresentar e aí amigos, sabendo ou não dançar, não dá pra ficar paradinho. Não me intimidei com a expertise dos chineses, japoneses, holandeses, brasileiros e etc e caí na dança. Mas fiquei de boca aberta. Acabou-se lenda de que gringo não tem ginga.
Se tem algo que não gostei? Ah sim, o calor! Se for de novo (e acho que vou), vou levar um eucalipto. Meu povo, aquilo lá é uma sauna. Mas, como todo o calor de fazer camelo pedir refresco, gostei, me acabei e ainda ouvi “Poxa, como foi bacana eu te encontrar de novo!”, cantado em perfeito português por um holandês. Agora me digam: onde iria imaginar que fosse possível ouvir essa música por aqui?!
Se você sabe ou não dançar, recomendo uma passada por lá. Só não esquece de reforçar o desodorante e colocar uma roupinha bem fresquinha embaixo da sua jaqueta, ok?
inté povo, fui!
Pra animar, abaixo um chorinho de gafiera do Sardinha’s Club ( não encontrei nenhum video do Pinga).
Imagem: alexlima.net