Ontem véspera de Sinterklaas, completei o meu inburgering recebendo a visita do famoso bispo. Um verdadeiro King Kong. Tive de cantar musiquinhas, recitar poemas e explicar pro velhinho todas as peripécias deste ano. Parece que consegui convencê-lo e recebi uma enxurrada de chocolate e pepernoten pra ajudar a fornir este corpinho curvilíneo e sempre em forma ( de bola).
Hoje, dia da ressaca nacional do chocolate, acordo para trabalhar com a maior disposição. Mas parece que era dia de ficar em casa. Todos os astros e os meios de transporte conspiraravam para o meu retorno ao lar, doce lar. De cara, o trem estava com 15 minutos de atraso. Lá estava a Bailandesa na plataforma esperando cândida e sonolenta e eis que de repente chega um trem. Entro correndo, feliz de encontrar um lugar para sentar e já começo a tirar a parafernália de inverno (chapéu, echarpe e etc). De repente, uma voz do além explica em holandês que o trem vai para uma cidade para a qual não quero ir. Pego minhas tralhas, saio correndo e descubro que o trem mudou de plataforma. Corro mais ainda e consigo pegar o bendito trem, mas sem lugar para sentar, né?
Ao chegar no destino desejado, claro que tinha perdido a calma, a disposição, o sono e a minha conexão do bonde. O que faz a espertinha aqui? Resolvo pegar uma linha de bonde alternativa. Doce ilusão, só fiz turismo pelo centro e o bonde me trouxe de volta à Estação Central. Resultado: nesse intervalo de tempo, o outro bonde já havia passado e tive que esperar mais ainda. Presente de Sinterklaas: quilinhos a mais, estresse pela manhã e chegar atrasada no trabalho. Olha, vou guardar bem a marca desse chocolate pra nunca mais comê-lo. Que atraso de vida, sô!
Inté,