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Durante quase dois anos, utilizei os mais variados banheiros neste Pindorama Laticínio. Em todos sem exceção encontrei uma vassourinha própria para a limpeza do vaso. Nunca entendi muito bem essa história. Achei que se tratava de um hábito oriundo da praticidade tão inerente ao povo holandês. Na hora da limpeza, os acessórios já estariam lá.
Depois de ler a esclarecedora frase e consultar as minhas fontes, entendi que na verdade, eles, durante todo tempo, estavam esperando que eu limpasse o banheiro apos utilizá-lo. Ou seja, quando pensava que entendia tudo de banheiro holandês, aprendi mais uma da etiqueta sanitária local.
Sem falar é claro, no vaso com uma bandeja interna para dificultar a vida do usuário e facilitar o exame dos restos mortais e mortíferos do jantar.
Agora descobri que a escovinha deve ser solidariamente utilizada por todos que por ali passam. Agora imaginem se eu tiver de fazer reparação de todos os banheiros pelos quais passei!
Extrapolando e muito, imagino que esse hábito seja apenas mais um da série “se todo mundo fizer um pouquinho, ninguém tem que fazer muito”. Vi em muitos ambientes como clubes, agremiações esportivas e escolas como o trabalho comunitário é comum por aqui. Associados que voluntariamente trabalham nos jardins do clube ou no bar. Jogadores experientes que são técnicos dos times mais jovens ou árbitros em partidas. Amigos que ajudam a pintar a casa de quem acabou se mudar e por aí vai. Logo, se você, após dar a descarga, der um escovadinha, o banheiro vai ficar limpinho pro próximo e vai ficar mais fácil pra quem limpa regularmente o banheiro.