Bailandesa

Banho de Jazz no Mar do Norte

Euromast - Rotterdam - Holanda - (c) Bailandesa.nl
Nunca tinha ido à Rotterdam e, com o North Sea Jazz Festival , juntou a curiosidade com a vontade de escutar e lá fomos nós para a cidade onde está o maior porto do Europa e durante os dias 14, 15 de 16 de julho abriga o maior festival de jazz indoors do mundo.O dia começou às margens do Rio Maas, ouvindo o nosso amigo Lior tocar com a Big Band de qual faz parte. O cenário, era o seguinte: um sol pra brasileiro nenhum botar defeito e uma música que, apesar de ser sábado, nos remetia a um domingo com um clima de clássicos do cinema.
De lá, fomos para o festival e aí gente, o difícil é escolher. Imaginem 15 palcos com apresentações quase ao mesmo tempo. Clique e veja só a agenda . Como Lior e Maya são músicos e Lior, expert em jazz, aceitamos de muito bom grado as suas dicas. Nessa brincadeira, assistimos grandes apresentações, incluindo Mccoy Tyner, pianista que é uma verdadeira lenda do jazz e que já foi membro da banda de John Coltrane. Também assistimos Richard Bona, um baixista que é um monstro do groove – dancei que me acabei – e ainda Randy Brecker, que não conhecia e foi uma excelente surpresa. A apresentação que mais me emocionou foi a de Mccoy Tyner. Incrível ver que o velhinho mal podia falar e tocava como uma energia de menino. O último show que vimos foi o de John Scofield, guitarrista famosérrimo que faz parte de um trio não menos famoso. Esse não me tocou – nunca te ouvi, sempre te ignorei – A minha impressão é de que o tecladista, o baterista e o guitarrista tocavam coisas diferentes para si mesmos e, por coincidência, havia um público no mesmo lugar. Ah, de passagem, num telão da praça de alimentação, pude ver alguma coisa do show-pra-gringo-ver de Sérgio Mendes. Mais clichê, impossível.
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Trata-se de um superevento, de uma organização que faz jus à obsessão holandesa pelo assunto.Todos os detalhes foram pensados, incluindo até uma chapelaria só para instrumentos musicais, mas pelo menos um detalhe importante foi esquecido: a temperatura. Todos os presentes e ainda mais as pobres lindas e louras criaturas que trabalhavam nos stands de comida, derretiam diante de um calor senegalesco. Outro ponto foram os preços de comidas e bebidas, alguns mais salgados que sopa de caneca cheia de molho shoyu. Somando-se a um ingresso de 65 euros por dia, dá um valorzinho respeitável. Mas o saldo é: ano que vem tô lá de novo!
Agora, para voltar à Rotterdam, só tenho que esperar até agosto. Lembram-se do presente que recebemos na minha festa de boas-vindas? Pois é, em meados de agosto, vamos passar um final de semana no Hotel New York. Já sabem que vou ter mais e mais estórias pra contar, né?
Beijos
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