Bailandesa

Dor, Holanda e Paracetamol

Nessa semana,  para comemorar os 5 anos de Holanda, resolvi selecionar um artigo por ano e republicá-los de segunda (13/06) à sexta (17/06).Hoje, o escolhido foi um texto de 2006 que fala da relação entre o holandês e o Paracetamol. Com um devido exagero da autora, o Paracetamol é definido como um elixir miraculoso receitado pra desde unha encravada à espinhela caída. Devo explicar que esse foi um momento de revolta, quando diante de uma extensa queimadora de 2o grau, fui receitada com a famosa pílula. O melhor é que no final, tudo foi levado com muito humor.
 

Depois da minha experiência no centro de saúde e depois de ouvir algumas histórias cabeludas de médicos na Holanda, cheguei à conclusão que os holandeses devem ter um enzima ou substância catalizadora no corpo que, em contato com o Paracetamol, aniquila qualquer tipo ou nível de dor. Deve ser um caso de mutação genética ou quem sabe um complô entre médicos, governo e planos de saúde para gastar menos e tornar o povo mais raçudo.
 

A dor vai passar

Hoje ouvi a história de uma brasileira que caiu da bicicleta e que mal podia andar com dor nas costas. O que foi que o médico receitou? Adivinhem. Sim, o elixir miraculoso Paracetamol. Quando ela reclamou, o que o médico disse: “Calma, a dor vai passar em duas semanas”. Dito e feito. Em duas semanas, a dor tomou doril (desculpa, não resisti o trocadilho). Cá entre nós, já que não havia nada de sério, com ou sem o remédio, a pobre coitada ia ficar boa.
O que os doutores esquecem é que nós, buitenlanders (estrangeiros), não possuímos a mesma mutação genética que permite o milagre do Paracetamol ou somos frouxos mesmos – e com muito prazer! Com relação a integração, só digo uma coisa: Hay que endurecerse pero sin perder la “frouxura” jamás . Ave e sorry, Che!

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