Bailandesa

Propaganda Enganosa

Vocês já notaram que quando a gente elogia muito uma coisa, botam logo olho grande ou de alguma forma, a gente paga a língua! Foi assim com o feijão. Lembram que eu falei que tinha um almoço com as minha colegas de escola? Pois é, anunciei o feijão, disse que elas iam comer comida brasileira e tal. Mandei e-mail, confirmei, planejei tira-gostos, brigadeiro pra sobremesa e tudo mais. Até listinha de música brasileira no Ipod tinha. Amigos, na hora de comprar o feijão, não encontrei o da Bulgaria – o pretinho, quase roxo, que funciona que é uma beleza – mas vi um feijão chinezinho, pretinho de olho puxado e coloquei todas as minhas fichinhas nele. Olhei pro danado, virei de um lado pro outro o pacote e acreditei tanto nele que comprei dois pacotes de 500 g. Como gosto de fazer as coisas com antecedência, decidi cozinhar o feijão no dia anterior. Coloquei de molho de manhã quando fui pra escola, comprei as carnes e de tarde, lá fui eu cozinhar o bichinho. De repente, começa a se espalhar pela casa um cheiro de planta cozida. Um horror! Parecia que estava fazendo um ensopado com todas as plantas da casa. Fui até a panela e notei que os grãos eram verdes por dentro. Definitivamente, não ia dar certo. O caldo não ia engrossar e o gosto não ia agradar nem a quem não come há três dias. O jeito foi congelar as carnes para tentar fazer um lavoisier depois e jogar o feijão fora.

Ah, o almoço? De brasileiro mesmo, só a dona da casa e os brigadeiros. A feijoada virou uma “autêntica” fake-lasanha feitas às pressas, acompanhada de salada. Acho que isso vai dar processo por propaganda enganosa. A sorte é que acho que o povo gostou.

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