Nunca achei que essa data iria chegar tao rapido. No alto dos meus sabios 15 anos, com toda a arrogancia de uma adolescente, semprei achei que 40 era a reta final de qualquer ser humano.
Chegar aos quarenta era quase cruzar a linha entre gente e resto de gente. Pois e’, cruzei a linha e vou avisando que adoro o que restou. O rodometro deu VDO e so’ recomecou a quilometragem. Agora, do alto dos meus quarenta, posso dizer que:
- deixei a pressa burra e desnecessaria da imaturidade
- tenho uma melhor dimensao das coisas: sinto a dor, mas sei que e’ temporaria. Curto a alegria porque sei que ela tambem e’ temporaria. Como diz Renato Russo, o “pra sempre sempre acaba”.
- Hoje “sou” muito mas do que “tenho” ou “estou”. E o melhor, gosto do que sou e espero que os outros gostem tambem. Mas se nao gostarem, nao ha’ muito (ou nada) que eu possa fazer a respeito.
- -Ganhei o melhor presente que a maturidade pode dar: a tolerancia. Quando somos jovens julgamos muito e so’ enxergamos que e’ parecido ou esta’ proximo. Pois e’, quebrei o espelho do narciso e, atraves do pequenos pedacos, vejo muito mais vertentes e possibilidades – sem julgamentos.
Em 2009, com toda a crise, completo 40 anos. Mas aviso logo, quem esta’ em crise e’ o mundo, nao eu.
Inte’ povo e ate’ mais.