Valei-me Nossa Senhora que alívio. Depois da prova de Luisteren, pensei que não fosse passar, mas passei com nota máxima em tudo! Outra boa notícia é que a Konga permanece na jaula. Mas, como nada sai sem sofrimento, tenho que contar pra vocês a romaria dessa manhã.
Hoje, dia de entrega de resultados, a previsão do tempo era chuva de manhã, toró de tarde e temporal de noite. Ou seja: típico clima do outono holandês. Tinha decidido ir de ônibus, apesar de ser muito contra-mão. O sistema de pagamento do transporte aqui da Holanda é feito com o strippen kaart. Essa tripinha aí embaixo, que serve para ônibus, metrô e tram. Agora pra entender a relação entre a distância e a quantidade de quadradinhos que vale a sua viagem , você precisa de PHD. Eu me consolo em mostrar ao motorista e dizer o lugar que eu vou. Ele carimba e pronto. Não quero entender esse troço.
Voltando à manhã de hoje, lá fui eu pro ponto do ônibus com brigadeiros debaixo do braço pra comemorarmos o aniversário de uma das colegas e claro, superansiosa. Vejo o ônibus chegando e meto a mão na bolsa pra pegar o famigerado strippenkaart. Tchan, tchan, tchan, tchan! Cadê o bendito? Fucei a bolsa toda e não achei. Volto pra casa pra procurar. Não acho. Já impaciente e com a Konga doidinha pra sair da jaula, resolvi enfrentar o toró, e pegar a fiets (bicicleta). Ou seja, mais um teste de integração. Pedalar na chuva, no vento e no frio. Lá vou eu com minha boina pingando, olho borrado, luva ensopada, mas firme e forte, sem cair do salto, quer dizer do pedal. Cheguei na escola parecendo que tinha cruzado o oceano Atlântico a nado. Quando resolvo, não sei porque razão, colocar a mão no bolso da calça, lá estava o strippen kaart, dobradinho, bonitinho e sequinho. Fala sério! Acho que é TPP (Tensão pré e pós prova) ou então tem um Saci Pererê nessa casa. Bom, mas com chuva ou sem chuva, seca ou molhada, eu fui aprovada! A nova maratona começa em janeiro. Vou para o B1B.
fui povo, beijo