Bailandesa

Rio 2016 e a chama expatriada

Sei que prometi falar do processo de naturalização no meu último post. Prometo que ainda vou falar e completar as informações. Mas é que a notícia da escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos em 2016 mexeu com os meus brios de expatriada e reacenderam algumas chamas verde e amarelas que  andavam  meio alquebradas.
No momento da escolha estava a trabalho na Espanha e, ao ser parabenizada por algumas pessoas ao meu redor, senti um súbito fervor patriota como há muito não experimento.Apesar de pensar no meu país, tenho estado tão envolvida com a minha vida aqui na Holanda que as sensações e os sentimentos em relação à vida no e do Brasil teem-se escondido no armário da rotina, assim como roupas que guardamos e deixamos de usar porque não mais as vemos.
Também noto fases que acredito fazer parte da vivência de qualquer pessoa que sai da sua terra natal. Há momentos em que as coisas boas do seu país de origem estão mais em evidência e outros em que  o lado negativo nada mais rápido em direção à superfície das emoções. Seria esta última uma forma de defesa, um escudo para saudade? Ou seria uma forma de racionalizar a adaptação?
Longe de conclusões, só posso dizer que ao chegar em casa, voei para assistir todos os videos relacionados ao Rio 2016. Uma tela de brasilidade foi sendo pintada e uma obra-prima de saudade tropical foi criada em mim. Um dilúvio de orgulho e muita, muita saudade do Brasil. Mas não vou esperar até 2016. De passagem marcada, em dezembro estarei na terrinha pra renovar energias, cores, saudades e brasilidades.
Abaixo o video institucional do Comitê Rio 2016

Imagem: NYTimes
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