Sei que prometi falar do processo de naturalização no meu último post. Prometo que ainda vou falar e completar as informações. Mas é que a notícia da escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos em 2016 mexeu com os meus brios de expatriada e reacenderam algumas chamas verde e amarelas que andavam meio alquebradas.
No momento da escolha estava a trabalho na Espanha e, ao ser parabenizada por algumas pessoas ao meu redor, senti um súbito fervor patriota como há muito não experimento.Apesar de pensar no meu país, tenho estado tão envolvida com a minha vida aqui na Holanda que as sensações e os sentimentos em relação à vida no e do Brasil teem-se escondido no armário da rotina, assim como roupas que guardamos e deixamos de usar porque não mais as vemos.
Também noto fases que acredito fazer parte da vivência de qualquer pessoa que sai da sua terra natal. Há momentos em que as coisas boas do seu país de origem estão mais em evidência e outros em que o lado negativo nada mais rápido em direção à superfície das emoções. Seria esta última uma forma de defesa, um escudo para saudade? Ou seria uma forma de racionalizar a adaptação?
Longe de conclusões, só posso dizer que ao chegar em casa, voei para assistir todos os videos relacionados ao Rio 2016. Uma tela de brasilidade foi sendo pintada e uma obra-prima de saudade tropical foi criada em mim. Um dilúvio de orgulho e muita, muita saudade do Brasil. Mas não vou esperar até 2016. De passagem marcada, em dezembro estarei na terrinha pra renovar energias, cores, saudades e brasilidades.
Abaixo o video institucional do Comitê Rio 2016
Rio 2016 e a chama expatriada
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16 comments
Alguma coisa a gente tem em comum. E olha que eu só mudei de cidade… rs
Oi Isoca, que bom te ter por aqui. Olha, sabe que senti o mesmo quando mudei de cidade?
bj
Olha, não se preocupe: a nacionalidade que está escrita no documento não interessa. Você escolheu a Holanda como nova pátria, mas é brasileira de vida – assim como vai ser holandesa, com o tempo, também! E qual é o problema? Pode ficar feliz pelo Rio, sim! E fazer campanha para Amsterdã 2020! Abraço!
Compartilho completamente o sentimento! E o vídeo foi muito bem produzido, adorei! bjs
Oi Fabiano, valeu pelo comentário. Ainda bem que pude manter também a nacionalidade brasileira. Amsterdam 2020 poderia ser uma ótima :))
Bom…eu acredito que sejam as duas coisas: Forma de defesa e um modo de racionalizar.Por vezes por mais integrados, quando vem aquele sentimento de banzo, precisamos de justificativas para reafirmar que tudo está valendo a pena – quase uma defesa.Mesmo que essa percepção não seja tão evidente.Por outro lado, o sentimento de orgulho pelos bons acontecimentos que chegam em forma de notícias como essa, além ser puro e simples nacionalismo e identificação com o que nos é familiar…é também um jeitinho de fazer as pazes quando a saudade anda meio displicente…rss.O bom mesmo é celebrar por todas as boas notícias.
Mc, bom saber que mais gente sente o mesmo.
Oi Clá, que delícia hein!!!
Ficamos orgulhosos aqui em Sampa também!
Bjo!
Oi Marcio,
Saudades. fiquei muito feliz mesmo com a escolha do Rio.
Yone, acho que você tem razão. Andava com uma “saudade disciplente” mesmo. Adorei a descrição.
Esse video passa uma energia muito boa. Eu também estou com uma saudadezinha do Brasil, mas vou ter que esperar mais um pouquinho.
Bjos
Eu adorei o video. bateu aquele banzo 🙂
“Uma tela de brasilidade foi sendo pintada e uma obra-prima de saudade tropical foi criada em mim. Um dilúvio de orgulho e muita, muita saudade do Brasil.”
Que sentimento tão lindo vc descreveu aqui…Que dom vc tem!
Também fiquei muito, mas muito feliz mesmo com a escolha do Rio 2016!!!!
Bjs
Oi Cléo,
Poxa, fiquei até vermelhinha com o comentário 😉 Obrigada pela visita e volte sempre!
Eta mana,
Quando vc chegar a gente vai “aplacar” esse banzo com acarajé, água de côco e o céu azul da Bahia.
Bjos.
Ai, acarajé, agua de coco e sim, o céu azul da Bahia.. hummm isso é bom demais.