Bailandesa

Teste de holandês e de paciência

Vocês devem estar curiosos para saber como foi o teste, né?. Bom, agora que já dei uma descansada, posso voltar ao assunto. Na 6a feira, quando acordei, notei que a gripe que vem me perseguindo há alguns dias, tinha piorado consideravelmente. Agora imaginem: falar holandês já não é uma das coisas mais fáceis do mundo. Que tal falar holandês num microfone, com o nariz entupido e a garganta inflamada? Algumas pessoas diriam que isso é comorbidade porque holandês já é uma doença de garganta. Mas, como sou teimosa, uma carne de pescoço mesmo, lá fui eu fazer o teste e fiquei até o fim.

O lugar era do outro lado da cidade. A sorte que encontrei outros três colegas também indo para lá. logo, não sofri sozinha. Pedimos ao motorista do ônibus para que nos avisássemos o ponto mais próximo e assim ele o fez. Sendo que a noção de distância dele, acho que não era das melhores. Lá fomos nós andando, sem ter a menor noção pra que lado ir. Detalhe: uma área meio industrial que não dá nem pra achar alguém na rua pra pedir informação. Depois de andarmos pro lado errado durante algum tempo, encontramos uma alma viva que pode nos orientar e dar a péssima notícia de que precisávamos voltar tudo o que andamos e andar mais um bocado. Vocês imaginam o meu ânimo, não é?

Pois sim, andamos, andamos, encontramos mais uma perdida pelo meio do caminho e a procissão seguiu até perto do prédio, quando encontrei uma outra colega que estava de carro que deu carona para alguns dos andarilhos. Chegando lá, vimos que o lugar encontrava-se quase vazio, quase sem móveis. Ou seja: nós fomos os últimos sortudos a fazer o proeftoets nesse lugar onde o Judas cabeça-de-queijo perdeu a bicicleta. Eles estão de mudança. Resultado: não tinha café, balinha, nada mesmo! Café, só conseguimos após alguma discussão com a empresa do andar debaixo que, por caridade, nos serviu uns cafézinhos.
Pensam que acabou? Nada. Fizemos o teste de escrita que durou duas horas e passamos para o de fala (spreken) que supostamente, deveria durar 30 minutos. Fiz um esforço, segurei o nariz pra não espirrar e inundar a sala e terminei o teste. A mulherzinha sorridente vem e pede pra gente esperar pra checar se estava tudo bem com a gravação. Vocês sabem aquela expressão de que urubu quando tá de azar, o de baixo faz sujeira no de cima? Perfeitamente aplicável nesta situação. Pois sim, houve um problema técnico e as vozes não foram gravadas. Ou seja, ainda tivemos que a fazer o troço do teste todo de novo. Pergunta: alguém merece? Com a paciência já estava no limite e a cabeça que parecia uma melancia, refiz o treco todo, mas é óbvio que o resultado vai estar distorcido. Acho o dia me serviu mais como teste de resistência física e de paciência. A única boa notícia é que o verdadeiro teste acontecerá em outro lugar, no centro de Utrecht. Até lá devo estar melhor, porque até o momento, e meu lema é: companheiros, a gripe continua!
beijo, atchim e inté!
Tradução da imagem : Gripe não é piada
Imagem :http://managerzorgvertelt.web-log.nl/managerzorgvertelt/2006/04/het_leven_draai.html
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