Depois de uma sumida justificada por presença de ilustres visitantes da boa Terra Brasilis, cá estou eu de volta. Desculpa meu povo, mas o final de semana prometeu e cumpriu. Tirei a sexta de folga e viajei, pedalei, falei muito português e aí foi que o bicho pegou. Eu explico, calminha.
Sempre achei boçal, marrenta, deselegante a mania que certas pessoas têm de falar metendo palavras estrangeiras quando falam em português. Pior: quando a pessoa esquece a palavra no seu idioma de origem. Ou pessoas que morando há muito tempo no exterior, começam a falar com sotaque ou meter palavras de outro idioma na conversa. Pois é, já dizia o ditado: nunca diga nunca. Eu é que nao queria escutar.
Depois de mais de um ano e meio aprendendo essa língua endiabrada chamada holandês e falando mais inglês do que Hillary Clinton em campanha , confesso que reconheço alguns sintomas dessa mazela no meu comportamento linguístico. Vejam só:
- Soletrar virou tarefa quase impossível. Trava-línguas mesmo! O ” i” em português tem som de ” e” em inglês que tem som de i mesmo em holandês. O “a” tem o mesmo som em portugues e holandês, mas já tem o som de “e” em inglês e por ai vai. Ai amigos, nao tem cachola que aguente. A mufa vira churrasco.
- Quando falo uma só palavra em inglês; stand-by por exemplo – que também usamos em português – o caboclo baixa em mim e desato a falar em inglês que dá trabalho voltar pro nosso lindo e melodioso idioma.
- Pra tornar o ” causo” mais complicado, agora, quando falo em inglês, às vezes, palavras em holandês vem à minha cabeça.
Ou seja, a bailandesa tá mais enrolada que bobina pra falar. Ainda bem que em breve retorno à terrinha e posso fazer uam revitalização de idioma, sotaques e etc. Tenho que arrumar umas mandigas pra ver se tiro esse feitiço linguístico. Sobe que esse corpo não te pertence, trem ruim!
Inté povo, fui.