Existem dois momentos durante o ano em que realmente me sinto uma estranha no ninho (ou seria moinho?): nos períodos de transição de verão para outono e de inverno pra primavera.
Nestes momentos, já (ou ainda) sinto a necessidade de me empacotar; as mãos pedem por uma luvinha e, as orelhas reclamam do vento que bate a cada pedalada. Enquanto isso, olho a minha volta e me sinto um ET. As pessoas pedalam sem luvas, sem proteção na cabeça e com casacos bem mais leves que o meu.
O frio de cada um
No inicio achava que tinha me adaptar e já passei muito frio em nome da perfeita adaptação. Hoje entendo que a perfeita adaptação é aprender a se vestir adequadamente ao frio que se sente. Isso pode ser uma camada a mais, uma meia mais grossa, um casaco mais quentinho ou qualquer coisa que lhe deixe mais confortável.
Agora, quem quiser que me olhe atravessado, me ache exagerada ou maluca. Nao quero á passar frio e cá entre nós, nao há quem se acostume com frio. Todo ano, todos sofrem com a adaptação a cada inverno. Às vezes as coisas não são como sao, e sim como as sentimos.