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Casa de Anne Frank. Onde a emoção mora em Amsterdam

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A Casa de Anne Frank fica bem no centro de Amsterdam, num dos meus bairros preferidos, o Jordaan. Mas esse é um museu bem diferente porque aqui  a grande obraprima não são pinturas, ou obras de arte – mas sim é a emoção.

O que você precisa saber antes de visitar a Casa de Anne Frank em Amsterdam

 

Quem foi Anne Frank?

Anne Frank, ao contrário do que muita gente pensa,  não era holandesa mas sim alemã. Ela nasceu numa família judia em Frankfurt em 1929. Com a crescente onda de antisemitismo e uma economia em crise, a família se muda para Amsterdam, onde Anne se sente em casa

Anne Frank viveu dois anos num esconderijo num anexo da casa em Amsterdam – (c) WikipediaA Alemanha invade a Holanda em 1940 e consequentemente, a família tem que buscar outro refúgio. Dessa vez, um esconderijo num anexo da casa, onde hoje é o museu.
Anne frank foi deportada para um campo de concentração em 1944, mas durante os dois anos em que viveu no esconderijo escreveu um diário que virou um bestseller em todo o mundo.

O Museu da Casa de Anne Frank 

A Casa de Anne Frank fica no bairro Jordaan, num dos mais charmosos canais de Amsterdam, o Prinsengracht. A casa é datada de 1635, mas não espere um casarão típico holandês. O prédio, que recebe cerca de 900.000 visitantes por ano, foi reformado e tem, hoje, uma fachada moderna.

Todos que visitam o museu, na verdade, buscam vivenciar a angústia e, ao mesmo tempo, sentir a vivacidade de uma menina que viveu durante quase dois anos em um sótão num anexo da casa e, que depois da sua morte, contou ao mundo a sua história. Este é um museu em que a ausência é mais presente do que tudo. Também não é preciso pedir silêncio porque o respeito é imperativo.

Um cenário composto pela ausência

Ainda existem alguns móveis da época, mas, certamente, são vídeos e outras formas audiovisuais  que narram a história e, dão contexto e compõem o cenário. É impossível ficar indiferente. A idéia inicial era a reconstrução total da casa, criando assim, o mesmo ambiente do passado. Otto Frank, pai de Anne, se recusou. O que ele queria era que as pessoas vissem e sentissem o que restou da casa após a invasão nazista. E conseguiu.

O esconderijo de Anne Frank

Até agosto de 1944, quando foram traídos e entregues à Gestapo, duas famílias viviam em total silêncio, sem o direito de um simples abrir de janelas. O acesso ao sótão ou anexo, se dá através de uma estante de livros.  Lá se encontra até hoje parte do universo em que por dois anos viveu a criativa e sagaz menina que, sob o constante medo, colava retratos em preto e branco na paredes e escrevia cartas e histórias para amigos imaginários.

Depois de subir a íngreme escada e entrar no espaço em que essas famílias viveram, é impossível não se impressionar. Como não se emocionar ao ver as marcas na feitas pelo pai de Anne na parede para medir o crescimento das crianças.? Não dá pra imaginar crianças sendo criadas sem a liberdade de correr, falar alto, gargalhar. Enfim, de serem crianças.

 

O diário. O pai vê a guerra pelos olhos da filha

Ironicamente, Anne Frank morreu no campo de concentração Bergen-Belsen duas semanas antes de ser libertada.  Como Otto Frank foi o único sobrevivente da família, depois da guerra publicou o diário da filha. Assim, contou ao mundo os horrores da guerra, através dos olhos da sua filha. O diário foi um sucesso. A partir daí, foi traduzido em mais de 60 línguas e vendeu mais de 25 milhões de cópias

 Explore o bairro do Jordaan

Já que já está numa área legal de Amsterdam,  reserve para visitar a Casa de Anne Frank, aproveite para passear pelo charmoso bairro do Jordaan. Uma dica é tomar um café no t’Smalle. Se quiser evitar filas, visite no final do dia ou à noite. Já que em julho e agosto, o museu fica aberto até às 10 da noite.

Outras atrações próximas:

  1. Begijnhof: O jardim das Beguinas – 743 metros de distância
  2. Westerkerk : fica apenas cerca de 100 m de distância
  3. Praça do Dam: on de fica o Palácio do Dam. 640 metros de distâcia
  4. Museu histórico de Amsterdam: fica a 714 metros de distância

Como chegar:

Da estação Central : Trams ( bonde) 13 ou 17 ou ônibus 21, 170, 171 or 172. Salte no ponto ‘Westermarkt’.
Endereço: Prinsengracht, 267 Amsterdam  – Tel: 31 (0)20 5567105
Imagens:
holocaustresearchproject.org (Anne Frank)
Prédio e fila: Luiz Gadelha Jr. – Flickr
Vistantes: n8 amsterdam museumnacht

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