E o clube do azulejo da Bailandesa apresenta mais um membro.
Ela escolheu o azulejo “A Holanda não é o meu país, mas é a minha casa”. Escolha perfeita para alguém que mora no país há 18 anos e ainda ajuda pessoas a fazer da Holanda a sua casa.
Clique, escolha o seu azulejo e entre pro clube do azulejo da Bailandesa
Flávia Ramos Costa, nasceu em uma pequena cidade no Brasil e se formou em Serviço Social pela UNESP-SP. Já na Holanda, estudou Trabalho Psicossocial na Academia de Ciências Humanas (SPSO) em Utrecht e depois, fundou a Compasso Social. Essa é uma organização que presta serviços de orientação, consultoria e acompanhamento em questões socioculturais. Assim, ela apoia brasileiros nesse processo difícil que é se adaptar a um novo país.
Conheça Flávia, mais uma participante do Clube do Azulejo da Bailandesa
Porque você veio pra Holanda?
Vim para viver com o amor.
Conta um pouco da sua vida aqui na Holanda.
Flávia: Eu sou fundadora da Compasso Social. Então, sou empresária e funcionária. Na prática, faço acompanhamentos, mentoria e assistência na área sociocultural para migrantes na Holanda. Meu foco é integração personalizada.
As perguntas dos meus clientes são as mais diversas possíveis e isso faz meu dia a dia muito diverso e interessante. Meus clientes são pessoas privadas, mas também familias e organizações holandesas que me contratam para apoiar tanto o cliente (brasileiro) quanto o profissional (holandês) envolvido.
Também escrevo muito, dou cursos e tento inspirar o máximo de pessoas a encontrarem o seu caminho aqui na Holanda e sentirem- se cidadãos e livres.
Fala um pouco sobre a sua família pra gente.
Aqui na Holanda, sinto que meu marido e meus 3 filhos (Tigo 15, Jacco 13 e Iara 4 e meio) são minha família. A irmã do Gerke e a familia dela são muito queridos. Gosto mesmo deles, mas não consigo ter o mesmo sentimento que tenho pelos meus.
No Brasil, tenho 10 irmãos e meu pai. Minha mãe, meu primeiro amor, infelizmente faleceu já há anos. Fora isso, tenho muitos amigos que considero como família escolhida.
Em qual província ou cidade mora aqui na Holanda?
Noord Holland, Weesp.
Como foi a sua adaptação? Qual foi o maior obstáculo?
Nos primeiros anos, a língua claro. Depois, o inverno. Realmente sofri demais com o frio. Além disso, depois que me tornei mãe, também senti o estresse emocional que é passar um pouco de você e da sua cultura para seus filhos que são criados no exterior.
E a sua maior decepção?
Não sei …
O que foi fácil pra você?
Fazer e manter amigos. Esse é um presente dos céus pra mim.
O que mudou em você depois de vir pra Holanda?
Ouço sempre que estou bem “holandesada”. Acho que por um período estava tão ocupada em aprender e ficar bem, que fui quase ficando loira . Agora, sério: acho que desenvolvi ainda mais meu lado racional de ser.
Agora , um ping-pong rapidinho.
- Uma comida holandesa que gosta: Bitterballen (é comida?) e gehaktbal da minha sogra. 😉
- Um costume / hábito que adquiriu aqui: Usar bicicleta como transporte e usar a agenda para meus compromissos.
- Uma coisa que ama na Holanda: A natureza.
- Uma coisa que odeia na Holanda: As pessoas darem opinião sem você pedir.
- Um hobby: Caminhar, ler e assistir filmes.
- Um filme: Um só? Não tem como. Assisto todo fim de semana filmes com os filhos. Esses são alguns dos preferidos. “Invictus”: sobre o Mandela nos seus primeiros anos de presidente. “The Darkest Hours” : já era fã do Churcil. Depois desse filme, então. “My Little Miss Sunshine”: chorei e ri muito.
- Um livro: Amo todos os da Marianne Fredriksson – não consigo escolher. Os da Isabel Allende também. O que me tirou o sono por muito tempo foi “Ensaio sobre a cegueira”de Jose Saramago. O “1985” me marcou muito quando criança também.
- Uma música: Impossível de responder, Clarissa. Depende do momento da minha vida.
- Um desejo: Passar um tempo longo no Brasil com minha familia. Quem sabe um dia.
- Um momento de felicidade: a hora que segurei meus filhos nos meus braços.
- Um arrependimento: Às vezes que me deixei enganar por bobeira (confiei demais) e as vezes que me preocupei com o que os outros pensavam de mim. Isso me tirou o sono muitas vezes. Demais até.
- Uma outra frase que você colocaria num azulejo: “Compreender é mais que saber a lngua”
E pra terminar, um conselho pra quem vem pra Holanda
Por favor, preparem-se bem. Aprendam a língua o máximo possível. Tenha certeza de que seu parceiro é confiável e viva a experiência como uma grande aventura, e não como um castigo.
E você? Quer entrar pro clube do azulejo da Bailandesa? Escolha agora o seu azulejo e faça parte.