Nessa semana, me vi chorando, sentada no frio da minha cozinha de madrugada. Assistia a última sessão de música de Milton Nascimento. O choro era um misto emoção pela obra de Milton, tristeza pela morte de Gal e orgulho da nossa música brasileira. E agora acabo de saber da morte de Isabel que era uma inspiração quando jogava volêi na escola.
Régua da Vida
Nessas horas, bate aquela pergunta: quando é que se passa uma régua na vida em que as memórias se relacionam mais com pessoas que não estão mais aqui ou que não estão mais ativas? Me sinto naquela cena de filme em que os personagens das suas histórias começam a desaparecer das fotos. Ou quando os sonhos entram em colapso, como no filme Inception.
A vida num loop
Ao mesmo tempo, parece que a vida está num loop. Com dizia Cazuza: “um museu de grandes novidades”. As cenas se repetem com novos atores. As tendências de hoje são as mesmas de ontem, só que com um pouco de botox e preenchimento. E tudo vira um remake, que se torna mais popular do que o original.
Tudo a seu tempo
Mas de vez em quando, só se vez me quando mesmo, vem um sopro fresco num final de tarde, um talento novo que surpreende, uma voz que se sobressai ou um fio de esperança que insiste em não partir. E é por isso que evito a qualquer custo dizer “no meu tempo”. Afinal, o meu tempo é agora, o resto é futuro ou história. E tudo tem que ser a seu tempo.
1 comment
É, essas coisas doem mesmo, e a gente fica até zureta…