A clássica pose empurrando a Torre de Pisa, sentada na Arena de Verona ou num café em Paris…revendo as minhas fotos de viagens, vejo sempre aquela tentativa incansável de capturar a alma do lugar.
Me vi como protagonista do artigo sobre Turismo que li na revista holandesa Vrij Nederland. A turista que vive em busca da autenticidade. Que segue numa verdadeira saga em busca da experiência única. O bom velho e eterno paradoxo: visitar os lugares mais turísticos e ao mesmo tempo provar, beber da cultura local.
Lembrei da história de uma amiga que num barco, indo para uma ilha brasileira, trocou olhares com um turista estrangeiro. Num determinado momento, começaram a conversar. Ao descobrir que ela vivia na cidade grande, falava perfeito inglês e fazia universidade, a faísca naqueles olhos azuis naufragou nas profundezas de um oceano de decepção. O que ele procurava era a experiência de conhecer uma “nativa”. Ela não era autêntica o suficiente.
Mas o que é realmente autêntico?
Um restaurante onde os “locais” vão? Aquela feira onde as senhoras do bairro fazem suas compras semanais? Mas será que somente a cotidiana vida local encheria o que o turista tem de fundo? (como diria Djavan) Como ir à Roma e não entrar no Coliseu? Ah, o difícil equilíbrio entre visitar os pontos de referência e a provar simplesmente da atmosfera do lugar
Éfesus – Turquia
Será que turistas não conseguem se ver no espelho? Eles não querem a companhia dos colegas turistas? Acho que na verdade, na tentativa de vender a tal autenticidade, a indústria do turismo torna tudo tão insosso e artificial que os viajantes anseiam por algo com sabor fresco e surpreendente. Ao mesmo tempo, existe quase a velha obrigação de visitar os ícones de cada lugar. Nem que seja pra tirar a tal foto e mostrar que esteve lá.
Chocolate quente em Paris
Mas uma coisa me intriga: vemos milhares de filmes, fotos em revistas e quando estamos diante do lugar tão esperado, antes mesmo de ver com os próprios olhos, preferimos ver através da lente de uma câmera ou de video. Confesso, às vezes também sofro desse mal. Hoje em dia, conto até dez e controlo o meu impulso. Respiro e tento apenas olhar e sentir o lugar.
Vivenciar X Compartilhar
O turista de hoje ainda vive um outro dilema. Ele busca a beleza nativa e inexplorada. Mas assim que a encontra, quer compartilhar o tesouro descoberto. Fica a pergunta: o que é mais importante: viver a experiência da viagem ou dividir a experiência através das crescentes mídias sociais? Será que postar foto às vezes não se torna mais importante do que o prazer de realmente estar lá?
Campos de algodão na Turquia
Nada contra as mídias sociais. Quem sou eu para dizer que não é muito bom compartilhar o seu momento especial. Mas a primeira pessoa com quero compatilhar é comigo mesma e preciso de um tempo pra isso.
A experiência é mais importante do que destino
O que sinto é que quero mais e mais experimentar. Não me importa se não subirei uma determinada torre ou se não verei uma determinada atração. A cada viagem sinto cada vez mais quero aproveitar um passeio, um jantar com amigos, tomar um sorvete, uma caminhada sem destino; sem obrigações, nem horários. Assim, torno minhas viagens cada vez mais próximas do meu estilo de vida. Aproveitando o novo, no meu velho e bom ritmo. Acho que no final essa é a autenticidade que buscamos: tornar a experiência mais importante do que o local em si.
14 comments
Gozado, nunca tive esse dilema. Eu nunca tive problemas em me assumir como turista quando visito os lugares. Local só se é quando se mora por tempo suficiente, então chegar, passar uma semana (ou um mês) em lugar e sair dizendo que conheceu o lugar como os locais me soa falso… “poser”. Local é quem pega transporte p;ublico pro trabalho todo dia, quem contrata a provedora de Internet, cancela TV por assinatura pra mudar de plano, paga o imposto, tira o lixo toda semana, leva os filhos pra escola, vai ao cinema no sábado, se injuria no trânsito, pode comparar as exposições temporárias no seu museu favorito. Essas coisas. Só terei a “verdadeira e autêntica experiência local” me mudando — e ficando tempo suficiente. Eu ainda não me sinto local de Haia, por exemplo. Demora pra você montar a “sua cidade”.
Sim, claro que é interessante observar outros modos de vida, ter um reflexo de como é uma vida diferente da sua, mas é preciso ter em mente, ou ao menos eu procuro ter em mente, que é apenas isso: um reflexo, uma espiadela, uma experiência que é, por definição, superficial. Não é possível comparar uma conversa com alguém numa boate no sábado a noite com um casamento, não importa o quão interessante e profundo possa ter sido o papo nessa única noite. Porém, são prazeres diferentes, e felizmente cidades não são ciumentas. 🙂
Quando fui a Paris pela primeira vez, dediquei a ver as principais atrações turísticas. Quando fui a segudna vez, aluguei um apartamento por uma semana, e saímos a explorar a cidade seguindo as indicações de parisienses que moram há anos na cidade, vendo os mercado mais escondidos, fazendo compra em supermercado de bairro, explorando momentos mais cotidianos. Encontramos amigos que tem apartamento lá, fomos com eles em seu restaurante favorito da vizinhança, coisas assim.
Mas em nenhum momento pensei “ah, olha, como estou parisiense”. Não sou nem nunca fui parisiense. Eu fui turista em Paris por uma semana, e usei essa semana pra espiar a cidade de um ângulo diferente, ver um aspecto diferente do que vi quando fui pela primeira vez. Mas não considero que a primeira vez tenha sido “falsa”. Foi apenas outro tipo de experiência, uma que escolhi ter, e gostei, tão temporária quanto a segunda.
Quanto à fotografia: uma crítica que encontro muito frequentemente é que a foto impede você de ver com seus próprios olhos, que as pessoas acabam preferindo ver as fotos depois (e se exibir pros amigos) do que vivenciar na hora.
Embora seja possível isso acontecer, não vejo como culpa da foto quando acontece. Uma pessoa que quer só “dizer que foi” e se preocupa mais com a aparência e status com os outros do que experimentar as coisas tem na foto um grande aliado, mas não precisa da foto pra isso.
Desde que comecei a fotografar, passei a observar as coisas com muito mais cuidado. Eu acabei entendendo aquela máxima de que você fotografa primeiro com o olho e depois só com a câmera. Eu passei a observar detalhes, momentos, formas que antes eu simplesmente não via. Andar com uma câmera, longe de me afastar da experiência em primeira mão, me auxiliou a expandir essa experiência, me incentivou a buscar outros ângulos além do primeiro, óbvio e frontal. Procurando resolver como registrar um lugar novo, passeia prestar mais atenção nos lugares. Foto pode ser um grande aliado em viagens — inclusive pra ajudar a lembrar momentos que ficariam esquecidos de outra forma, nossa memória é mais frágil do que pensamos. Nào mencionando a possibilidade de expressão artística: usar uma experiência pra criar algo, o que pra mim é muito satisfatório.
Ah, de volta ao primeiro ponto: quando eu visito as mega atrações turísticas, eu não fico empilhando uma depois da outra, parando na frente, posando pra foto e indo pra próxima. Vou pra ver em meus próprios termos, e se ela durar o dia todo, que seja. Quando subi na Torre Eiffel (a atração turística por execlência), na 1a viagem à Paris, ficamos lá da tarde até a noite. Vimos a cidade com a luz do dia, vimos o pôr-do-sol no último andar, vimos a cidade acendendo, vimos os fogos de artifício recepcionando o verão durante a noite, vimos a torre piscando, e ficamos lá, aproveitando. Foi o que fizemos naquele dia, e fizemos porque estávamos com vontade, sem neuras de ser “local” e preocupados por estarmos cercados de “turistas”(hey, é o que somos!) e por outro lado, sem neuras de que poderíamos ter “colecionado” mais umas 3 atrações famosas no mesmo tempo que gastamos lá.
Tudo depende de como você encara a coisa. Cada turista é um, e se de repente a pessoa se sente feliz em ter mais tícketes provando que esteve lá ou álbuns no Facebook do que lembranças de efetivamente estar no lugar, também, que seja contente de seu jeito. Eu faço do jeito que me sinto bem fazendo, e poucas vezes me sinto melhor do que viajando e fotografando.
No fim das contas, estamos todos em busca de experiências, mesmo — conversar com os amigos é tanto uma experiência quanto passar o dia em um ônibus turístico que só zune em frente às atrações. O que varia é que tipo de experiências e como as buscamos (eu por exemplo, jamais subi em um desses ônibus de turistas, nem nunca pretendo. Muitos amigos meus já fizeram, e gostaram).
Gente, escrevi um post no comentário, quando deveria estar escrevendo meu próprio post de hoje. Desculpe o aluguel, estou devolvendo o espaço agora… 🙂
Infelizmente, as fotografias estão deixando de ser uma forma de recordação mas uma forma de mostrar o mega evento que eu fui e você não, aquela viagem carérrima que eu fui e que você não foi…
É triste como as pessoas usam as viagens como uma maneira de despertar a inveja, um sentimento tão destruidor nos outros.
Oi Augusto, que bom que você deixou o seu comentário. É triste, mais isso também existe. Muitas vezes sentimos que a razão de publicar a foto não é das mais nobres. Mas fazer o que? Cada um é feliz de jeito que gosta, não é mesmo?
Até a próxima e obrigada.
Oi,
Gostei muito do seu post. Adoro viajar mas estou passando por uma transformacao e ja nao tenho muita paciencia de conhecer as principais atracoes de uma cidade, na maioria das viagens que fiz sempre escolhi combinar a visita de um lugar/cidade nao muito conhecido e que na maioria das vezes foram os lugares que mais me agradaram e deram aquela pontinha do que eh a vida real dos “locais”. O jeito que encaro uma viagem depende muito da situacao, se tenho poucos dias, se quero so descancar e aproveitar uma bela paisagem e a gastronomia. O interessante eh que de todas as formas aprendemos coisas novas.
Quanto as fotos, eu implicava um pouco com meu marido, sou a favor sim de aproveitar mais o lugar e o momento e claro depois tirar umas fotinhos para lembraca, mas perder a oportunidade de nos abracarmos e dividir a sensancao de estar num lugar magnifico, NAO!! As fotos ficam para depois e adoro mostrar os lugares que mais gostamos para os amigos. Por que nao dar a oportunidade para os outros de tambem conhecerem o lugar??
Oi Fernanda, que bom que gostou da foto. Entendo perfeitamente essa coisa de não ter paciência para os lugares mais cheios e disputados. O melhor desse post tem sido ouvir os diversos ângulos e pontos de vistas das viagens. Concordo com você quando fala que cada viagem é uma viagem. O ideal seria termo a oportunidade do voltarmos várias vezes e vermos o local e termos diversas experiências.
Procuro ler um pouco sobre o local e descolar algumas dicas, mas não gosto de planejar depois. Também adoro mudar de planos. Às vezes o espresso e a companhia estão gostosas demais e desisito de ver uma determinada atracão e fico apenas saboreando o momento. Com certeza, como você falou, sempre aprendemos coisas novas…
Quem for ao meu flickr, sabe o quanto gosto de fotografar e dividir as experiências com outros, ouvir opiniões, dicas e etc… Mas assim como você, acho que temos que aproveitar o momento e o lugar . A foto é parte da viagem, mas para mim, não é um fim em si. A não ser que esta seja a finalidade da viagem ou o programa do dia. Faço muito isso, saio para fotografar.
Volte sempre e obrigada!
Argh ! Isso e’ um mal insuportavel dos holandeses: querer “sentir” o pais profundo, com suas mazelas, fora das rotas turisticas tradicionais. Por isso que tem tanto, mas tanto holandes que morre no exterior (ou e’ estuprado, assaltado, etc.). Porque vivem querendo buscar maneiras alternativas de fazer turismo. Minha sogra a primeira vez que fomos ao Rio eu mostrei a ela umas opcoes bacanas para se fazer na Zona Sul. Ela refutou: “Ah, mas eu quero ver onde moram os cariocs “reais”, os favelados. As pessoas e atividades da zona sul nao me interessam”. Eu rebati sorrindo: “e as pesoas fora da favela nao sao reais ? Entao sao o que ? De plastico ?” Em Salvador ela perguntou a recepcionista do hotel se podia ir a um terreiro de macumba “de linha bem pesada”. A recepcionista arrumou uma van pros sogrinhos irem a um terreiro de candomble no meio da madrugada, fora da cidade. Eles contaram pra gente no dia seguinte drante o cafe da manha esse tal de arranjo, foi uma surpresa pra mim e me marido. E tinham ficado um pouco decepcionados pois o ritual tinha sido “mais ou menos como uma missa” e que so tinha rolado dois sacrificios de animais (uma galinha e um bode, sei la). Eles esperavam o que ? Chicoteamento, receber a pomba gira, todo mundo nu, vudu, fogo na floresta, abduccao por espiritos vndo de disco voador, o chupacabra ?
Resumindo: os holandeses gostam muito de quando no exterior “sentir a fundo” a cultura local (leia-se: pobreza do terceiro mundo) Mas de preferencia tambem receber num casa humilde refeicoes gratis… “Tinham tao pouco, mas ainda assim dividiram conosco…” Pergunta sempre a esse tipo de turista holandes se eles estao dispostos a acolher outros turistas em suas casas na Holanda. Claaaaro que nao, ne ?
Anita, ri muito com seu comentário. Especialmente por ser baiana!
Existem realmente os extremistas. Reconheço a situação vivida por você com os seus sogros. Mas sabe, vivi um pouco disso outro dia. Escolhi umas fotos de um país do Leste Europeu para um trabalho. Para mim, estrangeira, refletiam a cultura do país. Depois descobri que, na verdade, as pessoas deste país não gostariam das fotos porque só refletiam a parte pobre do país. E que o país tinha muito mais o que mostrar. Ou seja, às vezes as pessoas buscam na sua viagem ( ou teem acesso) apenas os estereótipos do lugar.
Também como na Holanda tudo é tão organizadinho, eles veem beleza e emoção na desordem. Inclusive na partilha de refeições, coisa que realmente não acontece aqui, a não ser que seja devidamente agendado e planejado. Eles admiram, mas não podemos esperar que eles repitam o comportamento. existe literalmente um oceano de diferença entre as culturas 🙂
Obrigada e até a próxima
Oi Dani, obrigada pelo seu “post” 😉
com Paris fiz e faço a mesma coisa. Sou também uma turista assumida, mas odeio a sensação de que estou entrando num cenário montado.
Acho que o dilema não se encontra em como as pessoas se sentem; se se sentem como locais ou não. O problema está no que elas querem ver/viver. Elas querem ver algo que pareça genuíno e autêntico, mas na verdade o que é autêntico? A Torre Eiffel é autêntica, real e belíssima. Quem não for lá ver porque acha que é “turística”, não sabe o que está perdendo. Mas entendo quem não está disposto a enfrentar as longas filas, a e aquela confusão de gente até chegar lá.
Acho que é óbvio que ninguém vai saber como é viver num local em poucos dias, mas muitos buscam dar essa espiadela na cultura do local, sem a máscara montada. E às vezes, não a percebemos. Afinal o termo “arapuca pra turista” não nasceu por acaso.
Quanto a foto, concordo com você. Fotografar ajuda a estudar os detalhes e ângulos. Aliás, não critiquei a “Foto” de viagem em si; pra mim, elemento essencial numa viagem. Fotografar nos faz ver com mais cuidado. No meu caso, só procuro antes absorver um pouco o local e depois começar a fotografar. O que tento evitar é que a busca da foto perfeita, me impeça de viver o lugar.
Quanto à mídia social, claro que cada um na sua. Apenas acho que às vezes, as pessoas não percebem o comportamento. A corrida em compartilhar, muitas vezes, as faz deixar de aproveitar o momento. Na minha opinião, um desperdício.
Beijo e obrigada pela rica contribuição.
Volte sempre!
Bailandesa (ou xará, como acabei de descobrir!)
Concordo com o seu post e compartilho das suas idéias nesse sentido.
Acho que existem duas idéias a respeito de viagens, lugares e significados.
A primeira, quando se visita simplesmente um lugar famoso, turístico, e 80% do tempo em que se passa ali é tirando fotos de todos os ângulos, estátuas, placas. Parece mais um registro de provas de que se esteve ali, como se ao ter uma foto com a placa atrás “Coliseu” simplesmente nos garantisse o direito de “ticar” esse lugar da nossa “to do list”. Vivi isso em algumas viagens de trilhas que fiz. A gente andava tanto, subia tanto, qu quando finalmente chegávamos no mirante que queríamos, todo mundo só se preocupava em tirar as fotos, e não em apreciara vista – que merecia cada segundo parado. Visita-se, registra-se, mas não se vive.
A outra situação é exatamente o que você disse sobre a sua amiga. Um estrangeiro (ou a gente, também, quando viaja!) que quer conhecer uma pessoa “local” que se encaixe dentro do sentido de local que ele entende, e não dentro do que se é. Aí fica-se frustrado porque conhece-se o que é e não o que gostaria.
Acho que nos dois casos as pessoas perdem valiosas oportunidades de se conectar com o lugar. E descobrir no lugar as suas belezas e sua história, em busca de um estereótipo de coisas.
Acho que, antes de saber viajar, é preciso saber enxergar as coisas também.
Acho que, de certa forma, é por isso que gosto de alguns blogs de viagem. Porque saem do batido “dicas para se conhecer Paris” e entram num viés mais reflexivo sobre a beleza e as experiências de uma viagem. E isso é super válido de se trocar!
Parabéns pelo texto, e pelo blog!
Beijos,
Clarissa (também profissional de Marketing e Comunicação, e também apaixonada por viagens!)
Clarissa (Xará).
com essa frase, você resumiu uma grande parte do post: ” Acho que, antes de saber viajar, é preciso saber enxergar as coisas também.”
Obrigada e volte mais vezes!
Uma maneira interessante que eu encontrei de poder juntar o turístico e o local é visitar os pontos turísticos propostos por diversos guias e tentar fazer amizade com alguma pessoa que seja do lugar. Através do Couchsurfing eu tive experiências maravlhosas de conhecer lugares onde turistas não vão e que valeram muito a pena!
Beijo!
Bela dica, Deise! Obrigada e até a próxima.
Este tema de autenticidade ou não, de tirar fotos ou só ficar olhando é sempre polêmico. Acho que cada um tem seu jeito de viajar e de sentir as coisas. Uns precisam de mais tempo parados em cada lugar, outros são mais inquietos porém também observadores. Acho super válido e importante tirar fotos, mas pela gente mesmo, pois acho que as fotos são o melhor souvenir que trazemos das viagens, é super importante. Quando vejo minhas fotos, e eu e meu marido ali sorrindo, lembro e SINTO exatamente o estado de espirito que aquele local me deixou, e me sinto feliz de novo, “viajando” de novo.
Quanto a autenticidade, turismo é turismo (e isso não é crime! rssss), e seria besteira mesmo querer ser “diferente” e deixar de ir nestes locais mais populares só para ser “crítico do sistema”. Afinal, os pontos só ficam tão conhecidos se são importantes historicamente ou realmente bonitos! Enfim…. ninguém é nativo num local, mesmo se ficar 1 mês visitando. E ao mesmo tempo isso não deixa de ser autentico, pois tudo que vivenciamos e vemos é sempre real, é vida, e se em Veneza a “vida” são turistas por todos os cantos e só lojas de souvenirs, então esta é a realidade da cidade….! 😉
Discussão super válida, parabéns pelo post, rendeu o que falar!
Oi Simone, adorei o “Turismo não é crime”. Devia virar slogan. Dar que falar era realmente a ideia do post. Tanto que acho que ele tem mais perguntas do que afirmações. 🙂 Para encontrar o equilíbrio entre a autenticidade e o turístico é só relaxar e curtir a viagem. Sem se preocupar com os que os outros vão pensar….
Obriagda pela participação e volte mais e mais vezes!