- Vou para o meu sexto cartão de banco porque eles não conseguem de forma alguma colocar o meu nome corretamente neste pedaço de plástico. Saiba mais sobre essa história aqui.
Ontem uma professora, que mais parece um Visconde de Sabugosa, resolveu me colocar na roda e corrigir cada letra que falo. Mal cheguei na sala e enquanto tirava a armadura (casaco, boina, xale, luvas), a carrasca disparou uma metralhadora de perguntas e me fuzilou. Não deu nem tempo de fazer a última oração. Mas hoje, ela tava mais calminha.
Falando em comunicação, resolvi que vou falar holandês em casa direto. E aí amigos, me sinto uma Jane às avessas, aprendendo a língua de Tarzan. Uma das coisas que mais gosto é de me comunicar e faço isso razoavelmente bem. Em holandês, sinto como se tivesse com uma catraca emperrada. Quero falar como uma pessoa normal com vírgulas, conjunções, e não em frases estanques como: “Eu sou a bailandesa. Eu vou ao supermercado. Eu quero comprar bananas”. É como se a cachola andasse mais rápido do que a língua. Sabe aquela sensação de que você começa a falar, embala,perde o controle e depois derrapa na curva?. E quando as pessoas começam a fazer aquelas caretas, tentando te entender? Penso logo: Será que tá soando tão mal assim? De vez em quando dá vontade de soltar u “baralho”com “C” dos bem grandes. Talvez isso eles entendam! Mas já vejo avanços : atendo o telefone em holandês e não mudo pro inglês, algumas frases vão ficando automáticas e leio e entendo o que ouço com muito mais facilidade. Bom, vejam que progresso; de Chita, passei para Jane. Tarzan que se segure, em breve tomo o lugar dele.
Beijo, fui.
6 comments
Oi Clarissa…
Muito criativo o seu texto. Fiquei a imaginar a mim mesma, às vezes falo com meu sogro por telefone, em holandês, holandês??? Você pode me perguntar, mas que garota metida!!! É que ele não fala inglês, e eu aprendí as frases clichês. Como vai o tempo; o Ben está trabalhando; Eu estou trabalhando também; aqui está muito calor… e por aí vai. Dá para enrolar. Por vezes sinto-me sufocar porque faltam palavras e, como não fui morar na Holanda o desejo de estudar vai para as cucuias, uma vez que não se torna prioridade para mim no momento.
Pense nisso, e com o contato diário e brevemente o emprego, com certeza você tomará o lugar de Tarzan já já… (rsss).
Grande abraço e adoro ler seus textos, já disse, mas não custa repetir.
Amiga,
Boa sorte com essa lingua dificil! Um dia isso vai ser automatico, vai falar portugues e holandes misturado e vai até esquecer como se diz uma coisa ou outra em portugues. Continue com dedicaçao! Clazinha CDF!
Saudade de vc, minha amiga bailandesa. Queria tanto ir te visitar (ja me oferecendo rpa ir né) mas com o baby chegando nem vai dar pra ir logo. Entao fico aqui tocendo pra receber sua visita logo. Ou quem sabe a gene noa se encontra algum dia no brasil hein?
beijoca
Oie!!! Cheguei no seu blog pela Meiroca e ADOREI!!! Menina, falar holandes deve ser dificilimo!!! Acho q eu tb ficaria inventando mil historias!!! Na verdade faço isso em portugues mesmo… as vezes fico olhando as pessoas e invento mil causos!!! hehehe
Beijos, Dani
Cheguei aqui pelo blog da Meiroca e morri de rir com seus problemas com o cartão. Olhe, eu sou paulista e moro em Sampa e no meu nome também tem um “de” que, também me é sonegado em qualquer cartão, desde o do clube, até o de crédito… Os programas de computador retiram o “de” automaticamente, aqui nessa Pátria já não tão amada. Voltarei. Parabéns. Bjkª. Elza
Clarissa !
Voce nao poderia ter descrito melhor o falar holandes ! Parece que as ideias andam numa Ferrari e a lingua num Fusca velho subindo a ladeira… ‘e bem assim !
Isso me deixa num desespero que vou te contar !
Sucesso viu ?
Bjs,
Susana
Olá, desculpa invadir seu blog! Só pra dizer que curti seu estilo de escrever! Também vi suas fotos e, cara, que fotos lindas!!! E vc já foi até pra Terschelling, minha passárgada… está por aqui faz tempo?
beijo,